Acredito que todo mundo já assistiu ao vivo ou pela televisão a uma competição, ou treino de judô, e com certeza percebeu que o kimono desempenha um papel fundamental no tatame para todos os praticantes dessa arte marcial. Especialmente para aqueles que estão iniciando neste esporte.
Para compreender melhor a relevância do kimono é interessante começar entendendo o significado da palavra em japonês, que se traduz como “coisa para vestir”. Embora seja fácil reconhecer um kimono japonês, semelhante a um roupão longo, quando falamos das artes marciais, esse traje ganha uma nova dimensão, ultrapassando a simples função de vestimenta.
História do kimono
Os kimonos têm uma história rica, iniciada a cerca de 794 a 1192 d.C, durante o período Heian. Foi nessa época que uma nova técnica de confecção foi desenvolvida, conhecida como “corte reto de peças de tecidos em linhas retas”. Essa abordagem permitiu que os fabricantes não se preocupassem com as especificidades do corpo de quem iria vestir.
Ao longo dos anos, o kimono passou por aprimoramentos para atender às diversas demandas. A partir de 1912, o Japão começou a exercer forte influência em outras culturas, especialmente a americana, levando até mesmo o governo militar a adotar esse estilo de roupa para funções oficiais.
Para os cidadãos japoneses, o uso de kimonos tornou-se reservado para ocasiões formais, com acessórios indicando se a família era humilde ou rica. Hoje em dia, é raro ver japoneses usando kimonos no cotidiano, deixando eles apenas para eventos especiais como casamentos, festivais de verão e funerais.
O kimono utilizado para a prática de artes marciais, como o judô, recebe o nome de “Dogi”, que significa “vestimenta utilizada no caminho escolhido”. O kimono do judô é conhecido como judogi (judô + dogi), traduzindo-se como “uniforme utilizado para a prática do caminho suave”.
No entanto, é importante distinguir entre judogi, o kimono branco tradicional usado para apresentações, e judogui, o kimono de luta utilizado nos treinos. A principal diferença está no propósito de cada um, sendo o judogi destinado a apresentações e o judogui voltado para a prática de lutas.
Atualmente, a prática do judô exige o uso correto do kimono, que deve ser especialmente confeccionado para a modalidade. É crucial que seja testado e aprovado para garantir a mobilidade adequada ao praticante.
Os materiais utilizados na confecção do kimono são diversos, incluindo poliéster, algodão e diferentes tipos de lona. A escolha do material fica a critério de cada atleta, buscando o que melhor se adapta às suas preferências e necessidades.
Na Academia Tiago Camilo, compreendemos a importância do kimono como uma vestimenta, é parte integrante do caminho trilhado pelos praticantes de judô. Investimos na qualidade e adequação dos kimonos, proporcionando aos nossos alunos uma experiência completa e autêntica, na prática dessa arte marcial.
Venha fazer parte dessa jornada conosco, onde o respeito, a disciplina e a tradição se encontram no tatame da Academia Tiago Camilo.
