Sensei Jigoro Kano, ao idealizar o judô, imaginou uma arte marcial que contribuísse para o desenvolvimento pessoal e da sociedade. Para ele, não fazia nenhum sentido criar o judô a partir de uma outra arte marcial (o jujutsu, que, à época, estava em decadência filosófica e moral), sem um objetivo que suprisse a lacuna cultural existente nos tempos da Era Meiji.
Essa filosofia deve ser absorvida e aplicada por todos os praticantes do judô espalhados pelo mundo, que é entendê-la como grande princípio da humanidade e não apenas para aprender as técnicas e usá-las em treinamentos e competições. Kano sensei tornou a modalidade um aprendizado de vida constante, fortalecendo o corpo com técnicas de ataque e defesa, complementares à ‘’personalidade do indivíduo’’, treinando a mente e, finalmente, dedicando-se à sociedade.
Se o Japão é o que é hoje, o judô teve muito a ver com isso, no que diz respeito aos aspectos educacionais. É uma lição que poderia ser aproveitada pela sociedade brasileira: incluir ou aumentar a participação desse esporte nas escolas públicas e privadas como disciplina complementar do currículo de Educação Física.
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